Havia muito no que se pensar. Como eu ia ter tempo para ficar sozinha e
procurar por J. Jenks, e por que Alice queria que eu soubesse sobre ele?
Se a idéia de Alice não tivesse nada a ver com Renesmee, o que eu faria pra
salvar a minha filha?
Como Edward e eu iríamos explicar as coisas para família de Tanya de
manhã? E se eles reagissem como Irina? E se eles quisessem brigar? Eu não
sabia lutar. Como eu ia aprender em apenas um mês? Havia alguma chance de
eu ser ensinada rápido o suficiente de modo que eu pudesse ser perigosa para
algum membro dos Volturi? Ou eu seria totalmente inútil? Apenas mais uma
descartável recém-nascida?
Tantas respostas que eu precisava, mas eu não teria sequer chance de fazer
minhas perguntas.
Querendo alguma normalidade para Renesmee, eu insisti em levá-la pra nossa
casa de campo na hora de dormir. Jacob estava mais confortável em sua forma
de lobo agora; era mais fácil lidar com o stress se ele estivesse pronto para
lutar. Eu queria pode sentir o mesmo, pode me sentir pronta. Ele correu pelas
árvores, em guarda de novo.
Quando ela dormia profundamente, eu pus Renesmee em sua cama e fui pra
sala da frente para fazer à Edward as minhas perguntas. As únicas que eu era
capaz de fazer, pelo menos; uma das coisas mais difíceis era a idéia de tentar
esconder qualquer coisa dele, mesmo com a vantagem dos meus pensamentos
silenciosos.
Ele ficou de costas para mim, olhando para o fogo.
"Edward, eu-"
Ele correu e estava do outro lado no que não pareceu levar tempo algum, nem
mesmo a menor parte de um segundo. Eu tive tempo de registrar a expressão
feroz em seu rosto antes que seus lábios estivessem se chocando aos meus e
seus braços estivessem em volta de mim como vigas metálicas.
Eu não pensei nas minhas perguntas de novo pelo resto daquela noite. Não
demorou muito para que eu percebesse a razão de seu humor, e menos tempo
ainda para me sentir do mesmo jeito.
Eu tinha planejado precisar de anos apenas para organizar a paixão
esmagadora que sento por ele fisicamente. E então, séculos para aproveitar
isso. Se nós tivéssemos apenas mais um mês juntos... Bem, eu não via como
ficar esperando isso acabar. No momento eu não podia evitar, exceto ser
egoísta. Tudo o que eu queria era amá-lo o máximo que eu pudesse no tempo
que nos foi dado.
Foi difícil me separar dele quando o sol nasceu, mas nós tínhamos trabalho pra
fazer, um trabalho que poderia ser mais difícil que a busca feitas pela nossa
família. Assim que eu consegui pensar no que estava vindo, eu estava toda
tensa; era como se meus nervos estivessem sendo esticados em tortura, cada
vez mais.
"Eu queria que tivesse um jeito de achar as informações que precisamos de
Eleazar antes de falar com eles sobre Nessie," Edward disse enquanto nos
vestíamos apressadamente no enorme closet que me lembrava de Alice mais
do que eu queria naquele momento. "Só para garantir."
"Mas ele não entenderia as perguntas para respondê-las," Eu concordei. "Você
acha que eles vão nos deixar explicar?"
"Eu não sei."
Eu tirei Renesmee, ainda dormindo, de sua cama e a abracei forte, de modo
que seus cachos ficaram pressionados no meu rosto; seu doce cheiro, tão
perto, mais poderoso que qualquer outro cheiro.
Eu não podia desperdiçar nenhum segundo hoje. Havia muitas respostas que
eu precisava, eu não estava certa de quanto tempo Edward e eu teríamos a sós
hoje. Se corresse tudo bem com a família de Tanya, então teríamos companhia
por mais tempo.
"Edward, você vai me ensinar a lutar?" Eu perguntei a ele, tensa esperando sua
reação enquanto ele segurava a porta pra mim.
Era o que eu esperava. Ele congelou e então seus olhos olharam para mim
com um significado profundo, como se estivesse olhando para mim pela
primeira vez. Os olhos dele deslizaram para nossa filha, dormindo em meus
braços.
"Se isso se tornar uma lutar, não vai haver muito que a gente possa fazer," ele
cercou.
Eu mantive minha voz serena. "Você seria capaz de me deixar incapaz de me
defender?"
Ele engoliu seco compulsivamente, tremeu, dobradiças protestando, suas mãos
apertadas. E então ele concordou. "Quando você coloca isso desse jeito... eu
pensei que nós tínhamos que trabalhar o mais cedo possível."
Eu concordei também e nós fomos em direção à casa. Não estávamos com
pressa.
Eu me perguntei o que eu poderia fazer para que houvesse a esperança de
alguma diferença. Eu era um pouquinho especial, do meu jeito - se ter um
esqueleto sobrenatural pudesse ser considerado especial. Havia alguma
utilidade que eu pudesse usar?
"Qual você diria que é a maior vantagem deles? Eles têm alguma fraqueza?"
Edward não precisava perguntar para saber que eu estava falando dos Volturi.
"Alex e Jane são os melhores ataques deles," ele disse, sem emoção, como se
nós estivéssemos falando de um jogo de baseball. "O soldados de defesa
raramente são vistos em ação."
"Porque Jane pode te queimar onde você estiver - mentalmente, pelo menos. O
que Alec faz? Você não disse que ele é ainda mais perigoso que Jane?"
"Sim. De um jeito, ele é o antídoto para Jane. Ela pode te fazer sentir a pior
dor imaginável. Alec, por sua vez, faz você não sentir nada. Absolutamente
nada. Algumas vezes, quando os Volturi estão se sentindo bonzinhos, eles
pedem Alec para anestesiar a alguém que vai ser executado. Se você tiver se
rendido a eles ou agradado a eles de outra forma."
"Anestésico? Mas por que ele é mais perigoso que Jane?"
"Porque ele corta todos os seus sentidos. Sem dor, mas também sem visão,
sem audição ou olfato. Privação total de sentidos. Você fica completamente
sozinho na escuridão. Você não sentiria mesmo se eles te queimassem."
Eu me arrepiei. Essa era o melhor que eu podia esperar? Não ver ou sentir a
morte chegar?
"Isso faria dele tão perigoso quanto Jane," Edward continuou na mesma voz
destacada, "de modo que se ambos podem te incapacitar, fazendo de você um
alvo fácil. A diferença entre eles, é como a diferença entre Aro e eu. Aro ouve
a mente de apenas uma pessoa de cada vez. Jane pode machucar apenas a
pessoa em que está focada. Eu posso ouvir todo mundo ao mesmo tempo."
Eu senti frio quando percebi onde ele queria chegar. "E Alec pode incapacitar
todos nós ao mesmo tempo?" Eu sussurrei.
"Sim," ele disse. "Se ele usa seu dom contra nós, ficaremos todos cegos e
surdos até que eles nos matem - talvez eles apenas nos queimem sem se
importar em nos despedaçar antes. Oh, nós podemos tentar lutar, mas nós
provavelmente machucaríamos mais uns aos outros do que a um deles."
Nós andamos em silêncio por alguns segundos.
Uma idéia estava surgindo na minha cabeça. Não muito promissora, mas
melhor que nada.
"Você acha que Alec é um bom lutador?"Eu perguntei. "Apesar do que ele
pode fazer, quero dizer. Se ele tivesse que lutar sem o seu dom. Eu me
pergunto se alguma vez ele já tentou..."
Edward olhou para mim curioso. "No que você está pensando?"
"Eu olhei diretamente para frente."Ele provavelmente não pode me atingir. Se
o que ele faz funciona como Aro e como Jane e como você. Talvez.. Se ele
nunca tivesse tido que defender si mesmo... Se eu aprendesse alguns
movimentos - "
"Ele está com os Volturi há séculos," Edward me cortou, sua voz apavorada.
Ele provavelmente estava vendo a mesma imagem que eu estava: Os Cullen
parados, pilares sem sentidos no campo da morte - todos menos eu. Eu seria a
únicaque poderia lutar.
"Sim, você certamente é imune ao poder dela, mas você é apenas uma recémnascida,
Bella. Eu não posso fazer de você uma grande lutadora em apenas
algumas semanas. Eu tenho certeza que ele esteve praticando."
"Talvez sim, talvez não. É a única coisa que eu posso fazer que ninguém mais
pode. Mesmo se eu apenas puder distraí-lo por um momento --" Eu duraria o
suficiente para fazer com que os outros tivessem alguma chance?
"Por favor, Bella," Edward disse entre seus dentes. "Não vamos falar disso."
"Seja razoável."
"Eu vou tentar te ensinar o que eu puder, mas por favor, não me faça pensar no
seu sacrifício como uma diversão-" Ele ficou chocado e não terminou.
Eu concordei. Eu podia manter meus planos pra mim mesmo, então. Primeiro
Alec, e se eu milagrosamente fosse sortuda o bastante pra vencer, Jane. Se eu
pudesse ao menos tirar - remover a vantagem ofensiva dos Volturi. Talvez
então houvesse uma chance... minha mente voou. E se eu fosse capaz de
distraí-los ou menos abatê-los? Honestamente, por que Alec ou Jane teriam
que aprender golpes de luta? Eu não podia imaginar a pequena Jane rendendose,
mesmo pra aprender.
Se eu fosse capaz de matá-los, que diferença faria!
"Eu tenho que aprender tudo. O quanto você puder enfiar na minha cabeça
pelo próximo mês," eu murmurei.
Ele agiu como se eu não tivesse falado.
Quem seria o próximo então? Eu também poderia ter meus planos em ordem,
de modo que, se eu sobrevivesse ao ataque de Alec, não haveria hesitação no
meu golpe. Eu tentei pensar em outra situação onde meu esqueleto forte me
daria vantagem. Obviamente, lutadores como Alec estavam acima de mim. Eu
poderia apenas dar a Emmett uma luta justa. Eu não sabia muito da guarda dos
Volturi, exceto Demetri...
Meu rosto estava completamente tranqüilo quando eu pensei sobre Demetri.
Sem dúvidas, ele seria um lutador. Não haveria outro jeito dele ter sobrevivido
por tanto tempo, sempre na frente de a cada ataque. E ele sempre guiava,
porque ele era o perseguidor deles - O melhor perseguidor do mundo, sem
duvida. Se houvesse outro melhor, os Volturi já teriam trocado. Aro não
manteria ao lado dele o segundo melhor.
Se Demetri não existisse, então poderíamos correr. Quem quer que tenha
sobrado de nós, em todo o caso. Minha filha, quente nos meus braços …
Alguém poderia correr com ela. Jacob ou Rosalie, seja quem for que sobrasse.
E … se Demetri não existisse, então Alice e o Jaspe podem estar seguros para
sempre. É isto o que Alice tinha visto? Aquela parte da nossa família pode
continuar? Dois deles, no mínimo. Eu poderia deixar de invejá-los??
“Demetri…,” eu disse.
“O Demetri é meu,” disse Edward em uma voz dura, apertada. Olhei o
rapidamente e vi que a sua expressão tinha ficado violenta.
“Por que?” Sussurrei.
Ele não respondeu no início. Estávamos no rio quando ele finalmente
murmurou, “Para Alice. Esse é o único agradecimento que posso lhe dar agora
pelos cinqüenta anos passados.”
Portanto os seus pensamentos estiveram de acordo com o meu.
Ouvi pesadas patas de Jacob que baterem contra a terra congelada. Em
segundos, ele estava andando junto de mim, os seus olhos escuros
concentraram-se em Renesmee.
Acenei-lhe com cabeça uma vez, e depois retornei às minhas perguntas. Havia
tão pouco tempo.
“Edward, por que você acha que Alice nos disse para perguntar a Eleazar
sbsre so Volturi? Ele esteve na Itália recentemente ou algo assim? O que ele
pode saber?”
“Eleazar sabe tudo quando se trata do Volturi. Esqueci-me que não sabia. Ele
costumava ser um deles..”
Assobiei involuntariamente. Jacob rosnou junto de mim.
“O Que?” Exigi, na retratando o belo homem de cabelo escuro em nosso
casamento envolto em uma longa manta cinza.
A cara de Edward era mais suave agora — ele sorriu um pouco. “Eleazar é
uma pessoa muito gentil. Ele não estava totalmente satisfeito com o Volturi,
mas ele respeitou a lei e sua necessidade de ser acolhido. Ele sentiu que ele
estava trabalhando em direção ao bem maior. Ele não lamenta o seu tempo
com eles. Mas quando ele encontrou Carmen, ele encontrou seu lugar neste
mundo. Eles são pessoas muito semelhantes, ambos muito compassivos para
vampiros..” Ele sorriu novamente. “Eles se reuniram com Tanya e suas irmãs,
e ele nunca olhou a trás. Eles estão bem adaptados a este estilo de vida. Se eles
não tivessem encontrados Tanya, eu imagino que eles poderiam ter,
eventualmente, descoberto uma maneira de viver sem sangue humano por suas
próprias maneiras”.
As imagens em minha cabeça eram incompatíveis Eu não podia compreenderlas.
Um soldado Volturi compassivo?
Edward olhou os olhos de Jacob e respondeu a uma pergunta silenciosa.
“Não, ele não era um dos seus guerreiros, por assim dizer. Ele tinha um dom
que acharam conveniente.”
Jacob deve ter feito a pergunta seguinte óbvia.
“Ele tem uma instintiva para sentir os dons — as capacidades extra que alguns
vampiros têm,” Edward lhe disse. “Ele podia dar a Aro uma idéia geral de que
qualquer vampiro era capaz apenas estando próximo a ele ou ela. Isto foi útil
quando os Volturi entraram na batalha. Ele pode avisá-los se alguém no grupo
oposto de clãs tinha uma habilidade que poderia dar-lhes um pouco de
preocupação. Isso era raro; precisa ter bastante habilidade para gerar
transtorno aos Volturi durante um momento. Outras vezes, a advertência daria
a Aro chance de salvar alguém que pode ser útil para ele. O dom de Eleazar
funciona. até com seres humanos, a uma extensão. Entretanto, ele realmente
tem de se concentrar com seres humanos, porque a capacidade latente é tão
nebulosa. Aro fazia com que ele testasse as pessoas que queriam se juntar,
para ver se eles tiveram algum potencial. O Aro sentiu de vê-lo partir. ”
“Eles o deixam ir?” Perguntei. “Como isto?”
O seu sorriso era mais escuro agora, um pouco torcido.
“Os Volturi não são os vilões, que possam parecer a você. Eles são a fundação
da nossa paz e civilização. Cada membro do guarda decide servir a eles. É
bastante de prestígio; todos estão orgulhoso estar lá, não estão obrigados.”
Fiz carranca para o chão.
“Eles são apenas para os seres abomináveis e pelos criminosos, Bella.”
“Não somos criminosos.”
Jacob bufar de raiva em acordo.
“Eles não sabem isto.”
“Você realmente acha que podemos fazê-los parar e escutar?”
Edward hesitou apenas um pequeno momento e logo encolheu os ombros. “Se
encontramos bastantes amigos para estar junto de nós. Talvez.”
Se. Eu senti a urgência de repente do que tínhamos diante de nós hoje. Edward
e eu começamos a nos mover mais rápido, começando a correr. Jacob
rapidamente nos acompanhou.
“Tanya não deve estar muito longe” disse Edward. “Temos de estar prontos.”
Como estar pronto, de qualquer forma? Estamos dispostos e reorganizados,
pensamento e reconsideramos. Renesmee a vista? Ou ocultada no início?
Jacob na sala? Ou fora? Ele tinha dito para ficar perto mas invisível. O que ele
deve fazer mesmo?
No fim, Renesmee, Jacob – em sua forma humana novamente — e eu
passamos pela porta da frente da sala de jantar, e me sentei na grande mesa
polida. Jacob me deixou segurar Renesmee; ele queria espaço em caso de que
ele precisasse executar a fase seguinte rapidamente.
Embora eu estivesse contente de tê-la nos meus braços, isso me fez sentir
inútil. Isso me lembrou de que em uma luta de vampiros maduros, eu não seria
mais que um alvo fácil; não precisei das minhas mãos livres.
Tentei me lembrar de Tanya, Kate, Carmen e Eleazar do casamento. Seus
rostos eram escuros em minhas memórias mal-iluminadas. Eu só sabia que
eles eram lindos, duas loiras e duas morenas. Não conseguia me lembrar se
havia bondade em seus olhos.
Edward se inclinou imovelmente contra a parede da janela traseira, olhando
em direção a porta da frente. Ele não parecia que olhava a sala na frente dele.
Escutamos os carros passavam correndo na auto-estrada, nenhum deles
reduziu a velocidade.
O Renesmee aninhou-se no meu pescoço, a sua mão no meu rosto, mas
nenhuma imagem na minha cabeça. Ela não tinha imagens das suas sensações
agora.
“E se eles não gostarem de mim?” ela sussurrou, e todos os nossos olhos
foram para seu rosto.
“Naturalmente eles vão—,” Jacob começou a dizer, mas o silenciei com um
olhar.
“Eles não entendem você, Renesmee, porque eles nunca encontraram ninguém
como você,” lhe contei, não querendo lhe dar promessas que poderiam não se
realizar.
“Fazer eles entenderem é o problema.”
Ela suspirou, e na minha cabeça apareceu imagens de todos nós em uma
rápida explosão. Vampiro, ser humano, lobisomem. Ela não se ajusta em
nenhum lugar.
“Você é especial, isto não é uma coisa má.”
Ela sacudiu a sua cabeça em discordância. Ela pensou na tensão em nossos
rostos e disse: “Isto é culpa minha.”
“Não,” Jacob, Edward, e eu todo dissemos exatamente o mesmo tempo, mas
antes de que possamos discutir além disso, ouvimos o som pelo que tínhamos
estado esperando: a redução de velocidade de um motor na auto-estrada, os
pneus se movem no pavimento a lama suave.
Edward se lançou para esperar na porta. O Renesmee se ocultou no meu
cabelo. Jacob e eu fitamos um a outro através da mesa, havia desespero nos
nossos rostos.
O carro se movia rapidamente pelas madeiras, mais rápido do que Charlie ou
Sue dirigiam. Ouvimo-lo puxar o freio e parar em frente ao alpendre. Quatro
portas se abriram e se fecharam. Eles não falaram entre si enquanto se
aproximavam da porta. Edward a abriu antes que eles possam bater.
“Edward!” uma voz feminina se entusiasmou.
"Olá, Tanya, Kate, Eleazar, Carmen."
Os três disseram oi.
"Carlisle disse que precisa conversar conosco urgentemente," a primeira voz
disse, Tanya. Eu podia ouvir que todos eles continuavam lá fora. Eu imaginei
Edward no caminho da porta, bloqueando a entrada deles. "Qual o problema?
Confusão com os lobisomens?"
Jacob rolou os olhos.
"Não," Edward disse. "Nosso trato com os lobisomens está mais forte que
nunca."
A mulher riu.
"Você não vai nos convidar a entrar?" Tanya perguntou. Então ela continuou
sem esperar por uma resposta. "Onde está Carlisle?"
"Carlisle teve que sair."
Houve um curto silêncio.
"O que está acontecendo, Edward?"
"Se vocês puderem me dar o benefício da dúvida por apenas alguns minutos,
"Ele respondeu. "Eu tenho uma coisa difícil para explicar, e eu vou precisar de
suas mentes abertas até vocês entenderem."
"Carlisle está bem?" Uma voz masculina perguntou ansiosamente. Eleazar.
"Nenhum de nós está bem, Eleazar," Edward disse, e colocou a mão em
alguma coisa, talvez os ombros de Eleazar. "Mas fisicamente, Carlisle está
bem."
"Fisicamente?" Tanya perguntou rapidamente. "O que você quer dizer?"
"Quero dizer que toda a minha família está correndo perigo. Antes de explicar,
eu quero que vocês prometam. Ouçam tudo o que eu tenho dizer antes de
reagir. Eu imploro para que vocês me ouçam."
Um longo silêncio pelo seu pedido. Embora estressados, Jacob e eu nos
olhamos sem palavras. Seus lábios estavam brancos.
"Estamos ouvindo," Tanya disse, finalmente. "Nós vamos ouvir antes de
julgar."
"Obrigado, Tanya," Edward disse fervorosamente. "Nós não envolveríamos
vocês se tivéssemos outra escolha."
Edward se moveu. Nós ouvimos os passos dele andando pela porta.
Alguém fungou. "Eu sei que há lobisomens envolvidos," Tanya murmurou.
"Sim, eles estão do nosso lado. De novo."
O lembrete calou Tanya.
"Cadê a sua Bella?" uma das vozes femininas perguntou. "Como ela está?
"Ela vai se juntar a nós em breve. Ela está bem, obrigado. Ela está levando a
imortalidade com espantosa elegância."
"Conte-nos sobre o perigo, Edward," Tanya disse calmamente. "Nós vamos
ouvir e vamos ficar ao seu lado, onde nós pertencemos."
Edward respirou fundo. "Nós vamos precisar do testemunho de vocês,
primeiramente. Escutem - no outro cômodo. O que vocês ouvem?"
Estava quieto, e então houve um movimento.
"Apenas escutem primeiro, por favor, "Edward disse.
"Um lobisomem, eu suponho. Eu posso ouvir seu coração,"Tanya disse.
"O que mais?" Edward perguntou.
Houve uma pausa.
"O que é essa vibração?" Kate ou Carmen perguntaram. "Seria... alguma
espécie de pássaro?"
"Não, mas se lembre do que você está ouvindo. Agora, qual o cheiro? Além
do lobisomem?"
"Tem um humano ali?" Eleazar suspirou.
"Não,"Tanya discordou. "Não é humano... mas... mais próximo do humano do
que os outros cheios por aqui. O que é isso, Edward? Eu acho que nunca senti
esse cheiro antes."
"Você certamente não sentiu, Tanya. Por favor, por favor, se lembrem que isso
é algo completamente novo pra vocês. Descartem suas noções préconcebidas."
"Eu prometi que iria escutar, Edward."
"Tudo bem, então. Bella, traga Renesmee, por favor."
Minhas pernas se pareciam dormentes, mas eu sabia que era coisa da minha
cabeça. Eu me forcei a não voltar atrás, não me mover lentamente, enquanto
ficava de pé e andava alguns passos para o canto. O coração de Jacob acelerou
atrás de mim, enquanto ele me seguia.
Eu dei um passo para grande sala e então congelei, incapaz de me forçar a ir
além. Renesmee respirou fundo e então deu uma bisbilhota para fora do meu
cabelo, seus pequenos ombro retraídos, esperando pela rejeição.
Eu pensei que estivesse preparada para reação deles. Para acusações,
xingametos, pra todo o estresse.
Tanya deslizou-se quatro passos para trás, seus cachos cor de morango
tremendo, como uma humana defrontando uma cobra venenosa. Kate pulou
para trás por todo caminho até a porta e se colocou contra a parede, um
assobio de medo saiu de seus dentes. Eleazar colocou-se à frente de Carmen,
em uma posição de proteção.
"Oh, por favor," eu ouvi Jacob reclamar sob sua respiração.
Edward colocou seu braço sobre Renesmee e eu. "Vocês prometeram escutar,"
ele os lembrou.
"Algumas coisas não podem ser escutadas!"Tanya exclamou. "Como você
pôde, Edward? Você sabe o que isso significa?"
"Temos que sair daqui," Kate disse ansiosamente, sua mão na maçaneta.
"Edward..," Eleazar parecia sem palavras.
"Esperem"Edward disse, sua voz mais dura agora. "Vocês se lembram do que
ouviram, do cheiro. Renesmee não é o que vocês estão pensando que ela e."
"Não há exceções para essa regra, Edward," Tanya voltou.
"Tanya," Edward disse rispidamente."Você pode ouvir o coração dela bater!
Pare e pense o que isso significa."
"O batimento do coração?" Carmen sussurrou, olhando pelo ombro de
Eleazar.
"Ela não é completamente vampira," Edward respondeu, voltando sua atenção
pra expressão menos hostil de Carmen. " Ela é meio humana."
Os quatro vampiros olharam pra ele como se ele estivesse falando numa
língua que eles não entendiam.
"Me escutem." A voz de Edward mudou pzra um aveludado tom de persuasão.
"Renesmee é única. Eu sou o pai dela. Não o criador dela - o pai biológico
dela."
A cabeça de Tanya estava balançando, num pequeno movimento. Ela não
parecia atenta àquilo.
"Edward, você não pode esperar que nós ..." Eleazar começou a dizer.
"Me dê outra explicação, Eleazar. Você pode sentir o calor do corpo dela no
ar. Corre sangue nas veias dela, Eleazar. Você pode sentir o cheiro."
"Como?" Kate respirou.
"Bella é a mãe biológica dela," Edward disse a ela. "Ela concebeu, esperou e
deu a luz à Renesmee enquanto ela ainda era humana. Isso quase a matou. Eu
fui pressionado a colocar veneno suficiente diretamente em seu coração para
salvá-la."
"Eu nunca ouvi tal coisa"Eleazar disse. Seus ombros estava tensos, sua
expressão congelada.
"Relações físicas entre humanos e vampiros não são comuns,"Edward
respondeu, um pouco de humor negro em seu tom. "Humanos sobreviventes a
isso são menos comuns ainda. Vocês concordam, primos?"
Kate e Tanya fizeram carrancas pra ele.
"Veja, Eleazar. Você pode perceber as semelhanças."
Foi Carmen quem respondeu a Edward. Ela saiu de trás de Eleazar, ignorando
a posição de alarme dele, e caminhando cuidadosamente para ficar de frente
para mim. Ela encostou de leve, olhando cuidadosamente para o rosto de
Renesmee.
"Você parece ter os olhos da sua mãe," ela disse numa voz baixa e calma,
"mas o rosto do seu pai." E então, como se não pudesse evitar, ela sorriu pra
Renesmee.
O sorriso de Renesmee, em resposta, era deslumbrante. Ela tocou o meu rosto
sem tirar os olhos de Carmen. Ela se imaginou tocando o rosto de Carmen, se
perguntando se estava tudo bem.
"Você se importa se Renesmee te falar sobre ela?" Eu perguntei a Carmen. Eu
ainda estava muito estressada para falar além de um sussurro. "Ela tem um
dom para explicar as coisas."
Carmen ainda sorria pra Renesmee." Você fala, pequenina?"
"Sim," Renesmee respondeu em sua vozinha de soprano. Toda família de
Tanya se estremeceu ao som de sua voz. "Mas eu posso te mostrar mais do
que falar."
Ela colocou sua mãozinha no rosto de Carmen.
Carmen se contraiu como num choque elétrico tivesse passado por ela. Eleazar
estava ao seu lado num instante, sua mão nos seus ombros, como que pra tirá-
la de lá.
"Espere," Carmen disse, sem fôlego, seus olhos, sem piscar, olhando pra
Renesmee.
Renesmee mostrou a Carmen sua explicação por um longo tempo. O rosto de
Edward mostrava que ele estava vendo com Carmen e eu quis muito que eu
pudesse ouvir o que ele ouvia também. Jacob deslocou seu peso
impacientemente atrás de mim, e eu sabia que ele queria o mesmo.
"O que Nessie está mostrando a ela?" Ele resmungou sob sua respiração.
"Tudo,"Edward murmurou.
Outro minuto se passou, e Renesmee tirou sua mão do rosto de Carmen. Ela
sorriu vitoriosa para chocada vampira.
"Ela é realmente sua filha, não é?" Carmen respirou,movendo seus olhos pra
Edward. "Que dom mais vivo! Ele só poderia ter vindo de um pai com dom
também."
"Você acredita no que ela te mostrou?" Edward perguntou, sua expressão
intensa.
"Sem dúvida," Carmen disse, simplesmente.
O rosto de Eleazar estava rígido. "Carmen!"
Carmen segurou suas mãos e as sacudiu. "Parece impossível, mas Edward te
disse a verdade. Deixa a criança te mostrar."
Carmen levou Eleazar pra perto de mim e falou com Renesmee. "Mostre a ele,
minha querida."
Renesmee sorriu, claramente feliz com a aceitação de Carmen, e tocou o rosto
de Eleazar suavemente na testa.
"Ay caray! ele gritou, e saiu de perto dela.
"O que ela fez com você?" Tanya perguntou, se aproximando cautelosamente.
Kate se aproximou também.
"Ela está apenas tentando te mostrar o lado dela da história," Carmen disse ele
numa voz tranqüilizadora.
Renesmee fez uma careta impaciente. "Assista, por favor." Ela disse pra
Eleazar. Ela esticou sua mão para ele e deixou apenas alguns centímetros entre
sua mão e o rosto dele, esperamos.
Eleazar olhou suspeito e então olhou pra Carmen, procurando ajuda. Ela
balançou a cabeça, encorajando-o. Eleazar respirou fundo e se moveu para
mais perto até que sua testa tocasse a mão dela de novo. Ele se estremeceu
quando começou mas ficou parado dessa vez, olhos fechados em
concentração.
"Ahh," ele suspirou quando seus olhos reabriram alguns minutos depois. "Eu
vejo."
Renesmee sorriu pra ele. Ele hesitou e então sorriu um sorriso leve em
resposta.
"Eleazar?" Tanya perguntou.
"É tudo verdade, Tanya. Não é uma criança imortal. Ela é meio humana. Veja
você mesma."
Em silêncio, Tanya caminhou cautelosamente até a mim, e então Kate, ambas
mostrando-se chocadas que as pegou quando Renesmee as tocou. Mas então,
assim como Carmen e Eleazar, eles pareciam completamente vencidos assim
que acabou.
Eu lancei um olhar para o sereno rosto de Edward, me perguntando se seria
realmente tão fácil. Seus olhos dourados estavam claros, sem sombras. Não
havia decepção neles.
"Obrigado por ouvir," ele disse calmamente.
"Mas há um grande perigo para o qual você nos alertou," Tanya disse. "Não
diretamente dessa criança, eu vejo, mas certamente vindos dos Volturi, então.
Como eles ficaram sabendo sobre ela? Quando eles estão vindo?"
Eu não estava surpresa que ela entendesse tão rapidamente. Depois de tudo, o
que poderia ser mais forte que os laços da minha família? Só os Volturi.
"Quando Bella viu Irina nas montanhas," Edward explicou," ela viu Renesmee
com ela."
Kate assobiou, seus olhos viraram apenas uma linha. "Irina fez isso? Contra
você? Contra Carlisle? Irina?
"Não," Tanya disse. "Outra pessoa..."
"Alice viu ela indo até eles," Edward disse. Eu me perguntei se os outros
perceberam o modo trêmulo que ele disse o nome de Alice.
"Como ela pôde fazer isso?" Eleazar perguntou pra ninguém.
"Eu imagino que se vocês tivessem visto Renesmee à distância. Se vocês não
tivessem esperado a nossa explicação."
Os olhos de Tanya se apertaram. "Não importa o que ela pensou... Você é da
nossa família."
"Não há nada que possamos fazer quanto a decisão de Irina agora. É tarde
demais. Alice nos deu um mês."
As cabeças de Eleazar e Tanya se viraram para testa franzida de Kate.
"Tanto?" Eleazar perguntou.
"Eles estão todos vindo. Isso deve requerer alguma preparação."
Eleazar ofegou."A guarda inteira?"
"Não apenas a guarda," Edward disse, sua mandíbula trancada. "Aro, Caius,
Marcus. Até as esposas."
O choque percorreu o olho de todos eles.
"Impossível,"Eleazar disse, sem expressão.
"Eu diria o mesmo há dois dias atrás,"Edward disse.
Eleazar fez uma careta, e quando ele falou, foi quase um rosnado. "Mas isso
não faz o menos sentido. Por que eles se colocariam e as esposas em risco?"
"Não faz o menor sentido desse ângulo. Alice disse que há mais que apenas
punição pelo que nós fizemos. Ela pensou que você pudesse nos ajudar."
"Mais que punição? Mas o que mais há?!” Eleazar começou a caminhar, em
direção à porta e depois deu a volta, como se ele estivesse sozinho ali, suas
sobrancelhas levantadas enquanto ele olhava o chão.
"Onde estão os outros, Edward? Carlisle e Alice e o restante?" Tanya
perguntou.
A hesitação de Edward era quase imperceptível. Ele respondeu apenas parte
da pergunta. "procurando por amigos que podem nos ajudar."
Tanya se dirigiu a ela, apertando as mãos em frente a ele. "Edward, não
importa quantos amigos vocês consigam, isso não vai ajudar a vencer. Nós
podemos apenas morrer com você. Você deve saber disso. Claro, talvez nós
quatro mereçamos isso depois do que Irina fez, depois que nós te deixamos na
mão – para o próprio bem dela, naquele tempo também."
Edward balançou a cabeça calmamente. "Nós não vamos pedir que vocês
lutem e morram conosco, Tanya. Você sabe que Carlisle jamais pediria isso."
"Então o que, Edward?"
"Nós estamos apenas procurando por testemunhos. Se nós pudermos fazê-los
parar, apenas por um momento. Se eles nos deixarem explicar..." Ele tocou a
bochecha de Renesmee; ela acariciou sua mão e a manteve pressionada contra
sua pele. "É difícil duvidar da história quando você a vê você mesmo."
Tanya concordou devagar. "Você acha que o passado dela vai importar muito
para eles?"
"Apenas como presságios para seu futuro. O objetivo da restrição é nos
proteger da exposição, do excesso de crianças que não podem ser contidas."
"Eu não sou perigosa," Renesmee interveio. Eu escutei sua voz alta e clara
com outra percepção, imaginando como ela pareceria paras outras pessoas.
"Eu nunca machuquei o vovô ou Sue ou Billy. Eu amo os humanos. E os
lobos, como o meu Jacob." Ela soltou a mão de Edward para alcançar o braço
de Jacob.
Tanya e Kate trocaram um rápido olhar.
"Se Irina não tivesse vindo tão cedo," Edward meditou, "nós poderíamos ter
evitado isso. Renesmee cresce numa taxa sem precedentes. Com o passar do
mês, ela terá ganhado mais meio ano de desenvolvimento."
"Bem, isso é algo que nós certamente poderemos testemunhar," Carmen disse
num tom decidido. "Nós seremos capazes de jurar que a vimos crescer nós
mesmo. Como os Volturi ignorariam tal evidência?"
Eleazar murmurou, "Como, de fato?" Mas ele não olhou para cima, e
continuou andando como se não tivesse prestando atenção.
"Sim, nós podemos testemunhar por você," Tanya disse."Certamente que sim.
Nós vamos ver o que mais podemos fazer."
"Tanya," Edward protestou, ouvindo mais em seus pensamentos do que em
suas palavras, "nós não esperamos que vocês lutem com a gente."
"Se os Volturi não pararem para escutar nossos testemunhos, nós não
podemos esperar," Tanya insistiu. "Claro, eu só posso falar por mim mesma."
Kate bufou. "Você realmente duvida de mim, irmã?"
Tanya sorriu selvagem para ela. "É uma missão suicida, no fim das contas."
Kate olhou para trás e então disse, indiferente. "Eu estou dentro."
"Eu também vou fazer o que eu puder pra proteger a menina," Carmen
concordou. Então, como se ela não pudesse resistir, ela esticou seus braços pra
Renesmee. "Posso te segurar, bebé linda?"
Renesmee se esticou em direção à Carmen, encantada com sua nova amiga.
Carmen a abraçou, murmurando pzra ela em espanhol.
Era como se tivesse sido com Charlie e antes com os Cullen. Renesmee era
irresistível. Como era isso dela fazer as pessoas se encantarem como ela, a
ponto de fazê-las arriscarem a própria vida em defesa dela?"
Por um momento, eu pensei que o que queríamos fosse possível. Talvez
Renesmee pudesse fazer o impossível e vencer nossos inimigos assim como
fez com nossos amigos.
E ai, eu lembrei que Alice tinha nos deixado, e minha esperança se dissipou
tão rapidamente quanto apareceu.
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