1. Eu vou à um cruzeiro com explosivos

O fim do mundo começou quando um pégaso pousou no capô do meu carro.
Até então eu tinha tido uma tarde ótima. Tecnicamente eu não deveria estar
dirigindo porque eu não faria 16 anos por mais uma semana, mas minha mãe e meu
padrasto, Paul, levaram a minha amiga Rachel e eu para uma área privada na praia
do litoral sul, e Paul nos emprestou seu Prius para uma volta curta.
Agora, eu sei que você está pensando, Wow, isso foi muito irresponsável da
parte dele e blá, blá, blá, blá, mas Paul me conhece muito bem. Ele me viu fatiar
demônios e sair de escolas explodindo, então ele provavelmente achou que dirigir
um carro por alguns quilômetros não era a coisa mais perigosa que eu já tinha feito.
De qualquer forma, Rachel e eu estávamos dirigindo. Era um dia quente de
Agosto. O cabelo ruivo de Rachel estava preso em um rabo de cavalo e ela usava
uma blusa branca por cima do maiô. Eu nunca a tinha visto usar qualquer coisa além
de camisetas maltrapilhas e calças jeans antes, e ela parecia como um milhão de
Dracmas de ouro.
“Oh, pare aqui mesmo!” - Ela me disse.
Nós estacionamos em uma colina em que podíamos ver o Atlântico. O mar
sempre é um dos meus lugares favoritos, mas hoje estava especialmente legal –
verde água e suave como vidro, como se meu pai o estivesse mantendo calmo para
apenas para nós.
Meu pai, falando nisso, é Poseidon. Ele pode fazer esse tipo de coisa.
“Então.” Rachel sorriu para mim. “Sobre aquele convite.”
“Oh... Certo.” Eu tentei soar excitado. Quer dizer, ela tinha me chamado para
ir para a casa de campo da família dela em St. Thomas por três dias. Eu não recebia
muitas ofertas assim. A idéia da minha família de férias chique era um fim de
semana em um chalé degradado em Long Island, com alguns filmes alugados e
algumas pizzas congeladas, e agora os pais da Rachel estavam dispostos a me levar
com eles para o Caribe.
Além disso, eu realmente precisava de férias. Esse verão tinha sido o mais
difícil da minha vida. A idéia de descansar mesmo que por poucos dias era
realmente tentadora.
Ainda assim, alguma coisa grande estava para acontecer a qualquer dia.
Agora eu estava esperando alguma missão. Pior ainda, semana que vem era meu
aniversário. Tinha essa profecia que dizia que quando eu fizesse 16 anos, coisas
ruins aconteceriam.
“Percy,” Ela disse, “Eu sei que o momento é ruim. Mas sempre é ruim para
você, certo?”.
Ela tinha razão.
“Eu realmente quero ir,” Eu afirmei. “É só—“
“A guerra.”
Eu assenti. Eu não gostava de falar sobre isso, mas Rachel sabia.
Diferentemente da maioria dos mortais, ela podia ver através da Névoa – o véu
mágico que distorce a visão humana. Ela tinha visto monstros. Ela tinha conhecido
alguns dos outros meio-sangues que estavam lutando contra os Titãs e seus aliados.
Ela até tinha estado lá no último verão quando o cortado em pedaços, Lorde Kronos,
saiu de seu caixão em uma terrível nova forma, e ganhou meu respeito permanente
por ter cravado o olho dele com uma escova de cabelos de plástico azul.
Ela colocou a mão no meu braço. “Só pense nisso, ok? Nós não vamos partir
por mais alguns dias. Meu pai...” A voz dela vacilou.
“Ele está complicando a sua vida?”
Rachel sacudiu a cabeça com repugnância. “Ele está tentando ser legal
comigo, o que é quase pior. Ele quer que eu vá para a Clairon Ladies Academy no
outono.”
“A escola onde sua mãe estudou?”
“É uma escola idiota de boas maneiras para garotas de sociedade, lá em New
Hampshire. Você consegue me ver em uma escola de boas maneiras?”
Eu admiti que a idéia soava bem estúpida. Rachel gostava de projetos de arte
urbana e alimentar os sem-teto e ir a comícios de protesto “Salvem os Pica Paus de
barriga-amarela!” e coisas assim. Eu nunca a tinha visto usar um vestido. Era difícil
imaginá-la aprendendo a ser uma socialite.
Ela suspirou. “Ele acha que se fizer algumas coisas legais para mim, eu vou
me sentir culpada e desistir.”
“É por isso que ele concordou em me deixar ir com vocês nas suas férias?”
“Sim... Mas Percy, você estaria me fazendo um grande favor. Seria muito
melhor se você estivesse lá conosco. Além disso, tem uma coisa que eu quero falar--

“Alguma coisa que você quer falar sobre?” - Eu perguntei -“Você quer dizer... tão
sério que teríamos que ir a St. Thomas para falar sobre isso?”
Ela cerrou os lábios. “Olhe, só esqueça isso agora. Vamos fingir que somos duas
pessoas normais. Nós saímos para dar uma volta de carro, e estamos vendo o
oceano, e é bom estarmos juntos.”
Eu sabia que tinha alguma coisa a incomodando, mas ela sorriu bravamente.
A luz do sol fazia o cabelo dela parecer fogo. Nós tínhamos passado bastante tempo
juntos esse verão. Eu não tinha exatamente planejado isso, mas quanto mais sérias as
coisas ficavam no campo, mais eu me via precisando ligar para Rachel e fugir, para
ter espaço para respirar. Eu tinha que lembrar a mim mesmo que mundo mortal
ainda estava lá, longe de todos os monstros que me usavam como saco de pancadas
pessoal.
“Okay,” Eu disse. “Só uma tarde normal e duas pessoas normais.”
Ela assentiu. “E então... hipoteticamente, se essas duas pessoas gostassem
uma da outra, o quanto custaria para o garoto estúpido beijar a garota, huh?”
“Oh...” Eu me senti como uma das vacas sagradas de Apolo – lentas, burras e
muito vermelhas. “Um...”
Eu não posso fingir que não havia pensado sobre Rachel. Ela era muito mais
fácil de lidar do que... bem, do que algumas garotas que eu conhecia. Eu não
precisava me esforçar muito, ou prestar atenção no que estava dizendo, ou torturar o
meu cérebro para tentar entender o que ela estava tentando dizer. Rachel não
escondia muita coisa. Ela deixava você saber como ela se sentia.
Eu não tenho certeza do que teria feito em seguida – mas eu estava tão
distraído, não notei a forma negra gigante descendo do céu até que quatro cascos
pousaram no capô do Prius com um WUMP-WUMP-CRUNCH!
Hey, chefe, disse uma voz em minha cabeça. Carro legal!
O pégaso Blackjack era um velho amigo meu, então eu tentei não ficar
irritado pelas crateras que ele tinha acabado de colocar no capô; mas eu não achava
que o meu padrasto ficaria realmente chocado.
“Blackjack” eu suspirei. “O que você--”
Então eu vi quem estava cavalgando em suas costas, e soube que o meu dia
estava para ficar muito mais complicado.
“E aí, Percy.”
Charles Beckendorf, conselheiro sênior da cabine de Hefesto, faria a maior
parte dos monstros chorarem pelas suas mães. Ela era enorme, com músculos
definidos por trabalhar nas forjas todo verão, dois anos mais velho que eu, e um dos
melhores campistas fazedores de armamentos. Ele fazia coisas mecânicas realmente
engenhosas. Um mês antes, ele tinha colocado uma bomba de fogo grego no
banheiro de um ônibus turístico que estava carregando monstros pelo país. A
explosão tinha acabado com uma legião do mal de Kronos assim que a primeira
Harpia deu descarga.
Beckendorf estava vestido para o combate. Ele usava uma couraça de bronze
e elmo de guerra com calças de camuflagem pretas e uma espada atada a sua cintura.
Seu saco de explosivos estava lançado sobre seu ombro.
“Está na hora?” Eu perguntei.
Ele assentiu austeramente.
Um amontoado se formou na minha garganta. Eu sabia que isso estava vindo.
Estávamos planejando isso há semanas, mas eu meio que esperava que nunca
acontecesse.
Rachel olhou para Beckendorf. “Oi”
“Oh, hey. Eu sou Beckendorf. Você deve ser Rachel. Percy me contou... uh,
quero dizer ele mencionou você.”
Rachel ergueu uma sobrancelha. “Sério? Isso é bom.” Ela olhou rapidamente
para Blackjack, que estava batendo as patas contra o capô do Prius. “Então eu acho
que vocês têm que ir salvar o mundo agora.”
“Algo assim,” Beckendorf concordou.
Eu olhei para Rachel desamparado. “Você falaria para a minha mãe--”
“Eu vou falar com ela. Tenho certeza que ela já está acostumada com isso. E
explicarei a Paul sobre o capô.”
Eu assenti, agradecendo. Eu achei que essa talvez fosse a última vez que Paul
fosse me emprestar seu carro.
“Boa sorte.” Rachel me beijou antes mesmo que eu pudesse reagir. “Agora,
vá indo, meio-sangue. Vá matar alguns monstros para mim.”
Minha última visão foi dela sentada no banco do motorista do Prius, de
braços cruzados, observando enquanto Blackjack fazia círculos mais e mais altos,
carregando Beckendorf e eu para o céu. Eu me perguntei sobre o que Rachel queria
falar comigo, e se viveria o suficiente para descobrir.
“Então,” Beckendorf disse, “Eu acho que você não quer que eu mencione
essa pequena cena a Annabeth.”
“Oh, deuses,” eu murmurei. “Nem mesmo pense nisso.”
Beckendorf riu, e juntos atravessamos o atlântico.
Já era quase noite quando descobrimos nosso alvo. O Princesa Andrômeda
brilhava no horizonte – um enorme cruzeiro iluminado de amarelo e branco. De
longe, você acharia que era apenas um navio de festas, não a sede do lord Titã.
Então enquanto se aproxima você poderia notar a gigante figura na proa – uma
donzela de cabelos negros em uma túnica grega, amarrada com correntes com um
olhar de horror em sua cara, como se pudesse sentir o fedor de todos os monstros
que estava sendo forçada a carregar.
Ver o navio de novo fez meu intestino se retorcer. Eu quase tinha morrido
duas vezes no Princesa Andrômeda. Agora ele estava indo direto para Nova York.
“Você sabe o que fazer?” Beckendorf gritou acima do vento.
Eu assenti. Tínhamos feito testes nos estaleiros de Nova York com navios
abandonados. Eu sabia o quão pouco tempo teríamos. Mas também sabia que nossa
melhor chance de acabar com a invasão de Kronos, era antes mesmo dela começar.
“Blackjack,” Eu disse, “Nos deixe no pavimento mais baixo da popa.”.
Certo, chefe, ele disse. Cara, eu odeio ver esse barco.
Três anos atrás, Blackjack tinha sido escravizado no Princesa Andrômeda até
conseguir escapar com uma pequena ajuda dos meus amigos e eu. Eu achei que ele
preferiria ter seu rabo trançado como o My Little Pony do que voltar para cá
novamente.
“Não nos espere,” Eu disse a ele.
Mas, chefe—
“Confie em mim,” Eu disse. “Nós sairemos daqui sozinhos.”
Blackjack dobrou suas asas e mergulhou em direção ao barco como um
cometa preto. O vento assoviava em meus ouvidos. Eu vi monstros patrulhando os
níveis superiores do navio – dracaenes mulheres-cobra, cães infernais, gigantes, e os
demônios humanóides conhecidos como telekines - mas nós passamos por eles tão
rápido que nenhum soou o alarme. Nós estávamos na popa do navio, e Blackjack
abriu suas asas, pousando suavemente no deque inferior. Eu desmontei, me sentindo
enjoado.
Boa sorte, chefe, Disse Blackjack. Não deixe eles o transformarem em
comida de cavalo!
Com isso, meu velho amigo voou para noite. Eu tirei minha caneta do meu
bolso e tirei a tampa, e contracorrente se expandiu ao seu tamanho máximo – 90
centímetros de bronze celestial brilhando nas sombras.
Beckendorf puxou um pedaço de papel de seu bolso. Eu pensei que fosse um
mapa ou algo assim. Então eu percebi que era uma fotografia. Ele olhava para ela na
luz fraca – o rosto sorridente de Silena Beauregard, filha de Afrodite. Eles
começaram a sair no último verão, depois de anos do resto de nós dizendo “Duh,
vocês gostam um do outro!” Mesmo com todas as missões perigosas, Beckendorf
esteve mais feliz esse verão do que eu já o havia visto até então.
“Nós vamos conseguir voltar para o campo,” Eu prometi.
Por um segundo eu vi preocupação em seus olhos. Depois ele colocou seu
velho sorriso confiante.
“Pode apostar,” ele disse. “Vamos explodir Kronos em um milhão de pedaços
de novo.”
Beckendorf escolheu o caminho. Nós seguimos por um corredor estreito até a
escada de serviço, como tínhamos praticado, mas congelamos quando ouvimos
barulhos acima de nós.
“Eu não me importo com que o seu nariz diz!” Disparou uma voz meiohumana,
meio canina – um telkhine. “A última vez que você cheirou um meiosangue,
acabou sendo um sanduíche de carne com pão”
“Sanduíches de carne com pão são bons!” disse uma segunda voz. “Mas isso
é cheiro de meio-sangue, juro. Eles estão a bordo!”
“Bah, o seu cérebro não está a bordo!”
Eles continuaram a discutir, mas Beckendorf apontou para as escadas. Nós
descemos o mais silenciosamente possível. Dois andares abaixo, as vozes dos
telkhines começaram a sumir.
Finalmente nós chegamos a uma escotilha de metal. Beckendorf falou, sem
som algum, “casa das máquinas.”
Estava trancada, mas Beckendorf tirou da bolsa alguns cortadores da mochila
e quebrou o ferrolho como se fosse feito de manteiga.
Dentro, umas filas de turbinas amarelas do tamanho de silos se agitavam e
zuniam. Manômetros de pressão e terminais de computadores revestiam a parede
oposta. Um telkhine estava debruçado sobre o console, mas estava tão envolvido em
seu trabalho, que não nos notou. Ele tinha aproximadamente 2 metros de altura, com
o pelo preto marcado e ensebado e pés pequenos e atarracados. Ele rosnava e
murmurava enquanto digitava no teclado. Talvez estivesse passando mensagens para
seus amigos no carafeia.com
Eu dei um passo à frente, e ele ficou tenso, provavelmente cheirando alguma
coisa errada. Ele saltou para o lado em direção a um grande e vermelho botão de
alarme, mas eu bloqueei seu caminho. Ele me bateu e lutou, mas com um corte de
Contracorrente e ele explodiu em pó.
“Um a menos,” Disse Beckendorf. “Agora faltam mais uns 500.”
Ele me jogou uma jarra de um espesso líquido verde – fogo grego, uma das
mais perigosas substâncias mágicas no mundo.Depois ele me jogou outra ferramenta
essencial de heróis meio-sangues – fita adesiva.
“Jogue aquele no console,” ele disse. “Eu cuidarei das turbinas.”
Nós fomos fazer o trabalho. A sala estava quente e úmida, e em pouco tempo
estávamos encharcados de suor.
O barco continuava andando. Sendo o filho de Poseidon e tudo, eu tenho
noção perfeita no oceano. Não me pergunte como, mas eu sabia que estávamos
40.19º Norte, 71.90ºOeste, andando a 18 nós, o que significava que o barco chegaria
ao porto de Nova York ao amanhecer. Essa seria nossa única chance de pará-lo.
Eu tinha acabado de amarrar uma segunda jarra de fogo grego no painel do
console quando ouvi o som de passos no metal – tantas criaturas descendo as
escadas que eu podia ouvi-las acima das máquinas. Não é um bom sinal.
Eu troquei um olhar com Beckendorf. “Quanto tempo?”
“Tempo demais.” Ele bateu no próprio relógio, que era o nosso detonador
manual. “Eu ainda tenho que conectar o fio do receptor e carregar as cargas. Mais
dez minutos no mínimo.”
Julgando pelo som dos passos, nós tínhamos uns dez segundos.
“Eu vou distraí-los,” eu disse. “Te vejo no ponto de encontro”
“Percy-”
“Me deseje sorte.”
Ele parecia que queria discutir. A idéia toda era entrar e sair sem sermos
vistos. Mas nós teríamos que improvisar.
“Boa sorte,” ele disse.
Eu passei pela porta.
Meia dúzia de telkhines estava descendo rapidamente as escadas. Eu os
atravessei com contracorrente mais rápido do que eles poderiam gritar. Eu continuei
subindo – passei por outro telkhine, que estava tão assustado que derrubou sua
lancheira Lil’Demons. Eu o deixei vivo - em parte porque eu achei sua lancheira
legal, em parte para que ele pudesse tocar o alarme e esperava que seus amigos me
seguissem ao invés de ir para a sala de máquinas.
Eu passei irrompendo por uma porta no deque seis e continuei correndo.
Tenho certeza de que o Hall atapetado um dia deve ter sido muito bonito, mas com
os últimos três anos de ocupação de monstros o papel de parede, carpete, e as portas
duplas haviam sido estragadas e arrebentadas, parecia agora mais como a garganta
de um dragão (e sim, infelizmente, falo por experiência própria).
De volta a minha primeira visita ao Princesa Andrômeda, meu velho inimigo
Luke tinha mantido alguns turistas iludidos a bordo, envoltos pela Névoa, desse
modo eles não percebiam que estavam em um navio infestado de monstros. Agora
eu não via sinal algum de turistas. Eu odiava pensar no que tinha acontecido com
eles, mas eu meio que duvidava que eles tiveram permissão para ir para casa com
seus prêmios do bingo.
Eu alcancei o Promenade, um grande shopping que ocupava todo o meio de
navio, e eu congelei. No meio do pátio tinha uma fonte. E a fonte estava ocupada
por um caranguejo gigante.
Eu não estou falando “gigante” tipo no por R$7.99 coma-tudo-o-queconseguir
do caranguejo rei do Alasca. Eu estou falando gigante em tipo, maior do
que a fonte. O monstro se ergueu 3 metros fora d’água. Sua casca estava manchada
de azul e verde e suas pinças eram maiores do que meu corpo.
Se você já viu a boca de um caranguejo, toda espumosa e nojenta com
bigodes, você pode imaginar que este não parecia muito melhor expandido para o
tamanho de um outdoor. Seus lustrosos olhos pretos me encararam, e eu pude ver
inteligência neles – e ódio. O fato de eu ser filho do deus do mar não iria me fazer
ganhar pontos com o sr.Crabby.
“FFFFfffffff” ele silibou, a espuma marítima gotejando de sua boca. O cheiro
saindo dela era o de uma lata de lixo cheia de peixe que tinha sido deixada ao sol por
uma semana.
Alarmes soaram. Logo eu teria muita companhia e eu tinha que continuar
andando.
“Hey, Crabby.” Eu fui andando pela borda do pátio. “Eu só vou passar a
seu redor e--”
O caranguejo se moveu com uma velocidade absurda. Ele saiu da fonte e veio
direto para mim, com as pinças estalando. Eu entrei em uma loja de presentes,
destroçando algumas camisas. Uma pinça esmagou as paredes de vidro e atravessou
a sala. Eu voltei para o lado de fora, respirando pesadamente, mas o Sr.Crabby se
virou e me seguiu.
“Ali!” Disse uma voz na bancada acima de mim. “Intruso!”
Se eu quisesse criar uma distração, teria sido bem sucedido , mas não era ali
que eu queria lutar. Se eu fosse apanhado no centro do navio, eu viraria comida de
caranguejo.
O crustáceo demoníaco me atacou. Eu o cortei com contracorrente,
arrancando a ponta de sua garra. Ele se remexeu e espumou, mas não pareceu muito
machucado.
Eu tentei me lembrar alguma coisa das histórias antigas que pudessem me
ajudar com essa coisa. Annabeth tinha me dito alguma coisa sobre um caranguejo
monstro – algo sobre Hércules tê-lo esmagado sob seu pé? Isso não ia funcionar
aqui. Esse caranguejo era ligeiramente maior do que meus Reeboks.
Então eu pensamento estranho me ocorreu. No natal passado, minha mãe e eu
tínhamos trazido Paul Blofis para nosso velho chalé em Montauk, onde íamos desde
sempre. Paul tinha me levado para pescar caranguejos, e quando ele conseguiu uma
rede cheia dessas coisas, ele me mostrou como os caranguejos têm uma fissura em
seu casco, bem no meio de suas barrigas feias.
O único problema era chegar na barriga feia.
Eu olhei para a fonte, depois para o chão de mármore, já escorregadio por
causa do rastro do caranguejo. Eu estendi minha mão, me concentrando na água, e a
fonte explodiu. Água foi borrifada para todos os lugares, até três andares acima,
encharcando os balcões, os elevadores e as janelas das lojas. O caranguejo não se
importou. Ele amava a água. Ele veio de lado até mim, espumando e sibilando, e eu
corri direto para ele, gritando, “AHHHHHHHH!”
Logo antes de colidirmos, eu me joguei no chão no estilo Baseball e
escorreguei no chão molhado direto para debaixo da criatura. Foi tipo escorregar sob
um veículo armado de sete toneladas. Tudo que o caranguejo tinha que fazer era
sentar e me esmagar, mas antes que ele entendesse o que estava acontecendo, eu
atingi a fissura com contracorrente, soltei o punho, e empurrei a mim mesmo para o
lado de trás.
O monstro estremeceu e sibilou. Seus olhos se dissolveram. Sua concha se
tornou vermelho vivo enquanto seu interior se evaporava. A concha vazia caiu no
chão com um estrondo e se amontoou pesadamente.
Eu não tive tempo para admirar meu trabalho manual. Eu corri para as
escadas mais próximas enquanto a minha volta monstros e meio-sangues gritavam
ordens e desembainhavam suas armas. Eu estava de mãos vazias. Contracorrente,
sendo mágica, reapareceria no meu bolso mais cedo ou mais tarde, mas por
enquanto estava presa em algum lugar nos destroços do caranguejo, e eu não tinha
tempo de reavê-la.
Na área de elevadores do deque oito, duas dracaene se arrastavam no meio do
meu caminho. Da cintura para cima, elas eram mulheres com pele verde e escamosa,
olhos amarelos e línguas bifurcadas. Da cintura para baixo tinham dois troncos de
cobras ao invés de pernas. Elas seguravam arpões de pesca e redes, e eu sabia por
experiência, que elas poderiam usá-las.
“Oooo queeee é isssso?” Disse uma delas. “Um prêmio para Kronosss!”
Eu não estava com vontade de brincar de quebre-a-cobra, mas na minha
frente estava um modelo do navio, do tipo VOCÊ ESTÁ AQUI. Eu arranquei o guia
do pedestal arremessou na primeira dracaena. O barco bateu na cara dela e ela caiu
com o navio. Eu passei por cima dela agarrei o arpão de sua amiga, e girei com ela.
Ela bateu no elevador e eu continuei correndo em direção a frente do navio.
“Pegue-o” Ela gritou.
Cães infernais latiram. Uma flecha veio de algum lugar, passando assoviando
pelo meu rosto e ficou empalada nos painéis de mogno da parede da escada.
Eu não me importei – desde que os monstros ficassem longe da sala de
máquinas e dessem mais tempo a Beckendorf.
Enquanto eu subia a escada correndo, uma criança me atacou descendo.
Ele parecia que tinha acabado de acordar de uma soneca. Sua armadura
estava vestida pela metade. Ele puxou sua espada e gritou, “Kronos!” mas ele
pareceu mais assustado do que com raiva. Ele não poderia ter mais do que doze anos
– mais ou menos a mesma idade que eu tinha quando cheguei pela primeira vez ao
acampamento meio-sangue.
Esse pensamento me deprimiu. Essa criança estava passando por uma
lavagem cerebral – treinada para odiar os deuses e insulta-los por ter nascido meio
olímpiano. Kronos o estava usando, e ainda assim o garoto pensava que eu era seu
inimigo.
Sem chance de eu machuca-lo. Eu não precisava de uma arma para isso. Eu
entrei dentro do golpe dele, agarrei seu pulso e o bati contra a parede. Sua espada
caiu com ruído de sua mão.
Então eu fiz uma coisa que não tinha planejado. Provavelmente era idiota.
Definitivamente comprometeria a missão, mas eu não pude evitar.
“Se você quiser viver,” eu disse a ele, “saia desse navio agora. Avise aos
outros meio-sangues.” Então eu o empurrei pelas escadas e ele desceu dando
cambalhotas até o próximo andar.
Eu continuei subindo.
Más memórias: um corredor passava pela cafeteria. Annabeth, meu meio
irmão Tyson, e eu nos esgueiramos por aqui três anos atrás na minha primeira visita.
Eu irrompi para fora do convés principal. Acima da proa o céu estava
escurecendo de roxo para preto. Uma piscina brilhava entre duas torres de vidro com
balcões e deques de restaurante. Toda a parte superior do navio parecia deserta.
Tudo que eu tinha que fazer era chegar ao outro lado. Daí eu poderia pegar as
escadas e descer até o heliporto – nosso ponto de encontro de emergências. Com
alguma sorte, Beckendorf me encontraria lá. Nós pularíamos para o mar. Meus
poderes aquáticos nos protegeriam, e nós detonaríamos os explosivos a um
quilometro e meio de distância.
Eu estava na metade do caminho quando uma voz me fez congelar. “Você
está atrasado, Percy.”
Luke estava num balcão acima de mim, com um sorriso no rosto e uma
cicatriz. Ele usava calças jeans, uma camisa branca e chinelos de dedos, como se ele
fosse apenas um cara normal na época da faculdade, mas seus olhos falavam a
verdade. Eles eram como ouro sólido.
“Nós o estivemos esperando por dias.” No começo ele parecia normal, como
o Luke. Mas então sua cara mudou. Um tremor passou por seu corpo como se ele
tivesse acabado de beber alguma coisa realmente nojenta. Sua voz se tornou mais
pesada, e poderosa – a voz do Lorde Titã Kronos. As palavras passaram raspando
pela minha coluna como a lâmina de uma faca. “Agora, se curve diante de mim.”
“Yeah, como se isso fosse acontecer,” eu murmurei.
Uma multidão de monstros estava em cada lado da piscina como se
estivessem esperando por um sinal. Cada um tinha 2 metros e meio de altura com
braços tatuados e armaduras de couro. Arqueiros meio-sangues apareceram no
telhado acima de Luke. Dois cães infernais saltaram do balcão oposto e rosnaram
para mim. Dentro de segundos eu estava cercado. Uma armadilha: sem chance de
eles terem se colocado em posição tão rápido a menos que soubessem que eu estava
vindo.
Eu olhei para Luke, e a raiva ferveu dentro de mim. Eu nem sabia se a
consciência de Luke estava ao menos viva dentro daquele corpo. Talvez, o modo
como sua voz mudou... Ou talvez seja apenas Kronos se adaptando a sua nova
forma. Eu disse a mim mesmo que isso não importava. Luke já era distorcido e mal
desde antes de Kronos o possuir.
Uma voz em minha mente disse: Eu vou ter que lutar contra ele
eventualmente. Por que não agora?
De acordo com a grande profecia, eu deveria fazer uma escolha que salvaria
ou destruiria o mundo quando eu fizesse dezesseis anos. Isso aconteceria em apenas
sete dias. Por que não agora? Se eu realmente tivesse o poder, qual diferença que
uma semana faria? Eu podia terminar essa ameaça agora mesmo se destruísse
Kronos. Hey, eu já tinha lutado contra monstros e deuses antes.
Como se estivesse lendo meus pensamentos, Luke sorriu. Não, ele era
Kronos. Eu tinha que me lembrar disso.
“Avance,” ele disse “se você ousar.”
A multidão de monstros se dividiu. Eu subi as escadas, meu coração batendo
forte. Eu tinha certeza que alguém me apunhalaria pelas costas, mas eles me
deixaram passar. Eu procurei no meu bolso e achei minha caneta esperando. Eu tirei
a tampa, e contracorrente se transformou em uma espada.
A arma de Kronos apareceu em suas mãos – uma foice de dois metros de
altura, metade bronze celestial, metade aço mortal. Só olhar para aquela coisa fez os
meus joelhos virarem gelatina. Mas antes que eu pudesse mudar de idéia, ataquei.
O tempo diminuiu sua velocidade. Quero dizer literalmente diminuiu a
velocidade, porque Kronos tinha esse poder. Eu senti como se estivesse me
movendo através de um xarope. Meus braços estavam tão pesados, que eu mal podia
erguer minha espada. Kronos sorriu, agitando sua foice na velocidade normal e
esperando que eu me arrastasse em direção a minha morte.
Eu tentei lutar contra sua magia. Me concentrei no mar a minha volta – a
fonte do meu poder. Eu tinha ficado melhor em canalizá-lo através dos anos, mas
agora nada parecia acontecer.
Eu dei mais um passo lento à frente. Gigantes zombaram. Dracaenae chiaram
com seu riso.
Hey, oceano, eu invoquei. Agora seria uma boa hora.
De repente eu senti um dor como um puxão no meu intestino. O barco inteiro
deu uma guinada lateral, fazendo monstros caírem. Quatrocentos galões de água
salgada saíram de dentro da piscina, encharcando eu e Kronos e todo mundo no
deque. A água me revitalizou, quebrando o feitiço do tempo, e eu ataquei
diretamente.
Eu assolei Kronos, mas eu ainda era lento demais. Eu cometi o erro de olhar
para o rosto dele – o rosto de Luke – um cara que uma vez foi meu amigo. Por mais
que eu o odiasse, era difícil mata-lo.
Kronos não tinha essa hesitação. Ele cortou para baixo com sua foice. Eu
saltei para trás, e a lâmina do mal errou por um centímetro, cortando um talho fundo
no deque entre meus pés.
Eu chutei Kronos no peito. Ele tropeçou para trás, mas era mais pesado do
que Luke deveria ser. Era como chutar uma geladeira.
Kronos girou sua foice novamente. Eu a interceptei com contracorrente, mas
seu golpe era tão poderoso, minha lâmina só pode desviá-lo. A ponta da foice
arrancou fora a manga da minha camisa e arranhou meu braço. Não deve ter sido um
corte sério, mas todo o lado do meu corpo explodiu em dor. Eu me lembrei do que
um demônio marinho uma vez tinha dito sobre a foice de Kronos: Cuidado, tolo.
Um toque, e a lâmina vai separar sua alma de seu corpo. Agora eu entendi o que ele
quis dizer. Eu não estava apenas perdendo sangue. Eu podia sentir minha força,
minha vontade, minha identidade indo embora.
Eu tropecei para trás, mudei a espada para minha mão esquerda, e ataquei
desesperadamente. Minha lâmina deveria te-lo atravessado, mas foi desviada do seu
estômago como se eu estivesse atacando mármore sólido. De jeito nenhum que ele
deveria ter sobrevivido aquilo.
Kronos riu. “Uma performance pobre, Percy Jackson. Luke me disse que
você nunca chegou a ser adversário no esgrima.”
Minha visão começou a embaçar. Eu sabia que não tinha muito tempo. “Luke
tinha um cabeção,” eu disse. “Mas pelo menos era a cabeça dele.”
“““ ““É uma pena mata-lo agora,” lamentou Kronos, “ antes que o plano final
desabroche. “Eu adoraria ver o terror em seus olhos quando você entendesse como
eu vou destruir o Olimpo.”
“Você nunca vai fazer esse barco chegar a Manhattan.” Meu braço estava
latejando. Minha visão estava manchada por borrões pretos.
“Por que isso agora?” Os olhos dourados de Kronos brilharam. O rosto dele –
o rosto de Luke – parecia uma máscara, não natural e acesa por algum poder
maligno. “Talvez você esteja contando com seu amigo com os explosivos?”
Ele olhou para a piscina e chamou
“Nakamura!”
Um adolescente em armadura completa atravessou a multidão. Seu olho
esquerdo estava coberto por um tapa-olho preto. Eu o conhecia, é claro: Ethan
Nakamura, o filho de Nêmesis. Eu tinha salvado sua vida no labirinto no verão
passado, e em troca, o pequeno punk tinha ajudado Kronos a voltar à vida.
“Sucesso, meu lorde,” disse Ethan. “Nós o encontramos, assim como nos foi
indicado.”
Ele bateu palmas e dois gigantes foram para frente, arrastando Charles
Beckendorf entre eles. Meu coração quase parou. Beckendorf tinha um olho inchado
e cortes em todo seu rosto e braços. Sua armadura tinha ido embora e sua camisa
estava quase rasgada.
“Não!” Eu gritei.
Beckendorf encontrou me encarou. Ele olhou para a própria mão como se
estivesse tentando me dizer alguma coisa. O relógio dele. Eles ainda não o tinham
tirado, e ele era o detonador. Seria possível que os explosivos estivessem armados?
Com certeza os monstros os teriam desabilitado imediatamente.
“Nós o encontramos a meia-nau,” disse um dos gigantes, “tentando entrar na
sala de máquinas. Podemos comê-lo agora?”
“Logo.” Kronos encarou Ethan. “Você tem certeza que ele não colocou os
explosivos?”
“Ele estava indo para a sala de máquinas, mi lorde.”
“Como você sabe disso”?
“Er...” Ethan se mexeu desconfortavelmente. “Ele estava indo naquela
direção. E ele nos disse. A bolsa dele ainda está cheia de explosivos.”
Devagar, eu comecei a entender. Beckendorf os tinha enganado. Quando ele
percebeu que seria capturado, ele virou para fazer parecer que estava indo para o
outro lado. Ele os convenceu de que ainda não tinha alcançado a sala de máquinas.
O fogo grego ainda poderia estar armado! Mas isso não tinha muita utilidade a
menos que nós pudéssemos sair do navio e detona-lo.
Kronos hesitou.
Compre a história, eu rezei. A dor no meu braço era tão grande agora que eu
mal podia ficar de pé.
“Abram sua mochila,” Ordenou Kronos
Um dos gigantes arrancou o saco de explosivos dos ombros de Beckendorf.
Ele espiou lá dentro grunhiu, e o virou de cabeça para baixo. Monstros em pânico se
afastaram. Se a bolsa realmente estivesse cheia de fogo grego, todos nós teríamos
explodido. Mas o que caiu foi uma dúzia de latas de pêssego.
Eu podia ouvir a respiração de Kronos, tentando controlar a própria raiva.
“Você, por acaso,” ele disse “capturou esse maio-sangue perto da cozinha?”
Ethan empalideceu. “Um--”
“E você, por acaso, enviou alguém para realmente CHECAR A SALA DE
MÁQUINAS?”
Ethan deu um passo para trás em terror, depois se virou nos calcanhares e
correu.
Eu amaldiçoei silenciosamente. Agora nós tínhamos apenas minutos antes
que as bombas fossem desarmadas. Eu olhei para Beckendorf e fiz uma pergunta
silenciosa: Quanto tempo?
Ele fechou seus dedos e polegar fazendo um círculo. Nenhum. Não havia
atraso algum no timer. Se ele conseguisse apertar o botão do detonador, o navio ia
explodir na hora. Nós nunca conseguiríamos ir para longe o suficiente antes de usálo.
Os monstros nos matariam primeiro, ou desarmariam os explosivos, ou os dois.
Kronos se virou para mim com um sorriso torto. “Você terá que desculpar
meus ajudantes incompetentes, Percy Jackson. Mas isso não importa. Nós temos
você agora. Nós sabíamos que viria a semanas.”
Ele estendeu a mão e balançou um pequeno bracelete de prata com um
desenho de uma foice – o símbolo do Lorde Titã.
A ferida em meu braço estava enfraquecendo a minha habilidade de pensar,
mas eu murmurei, “Aparelho de comunicação... espião no campo.”
Kronos riu entre os dentes. “Você não pode contar com seus amigos. Eles
sempre vão deixar você na mão. Luke aprendeu essa lição do modo mais duro.
Agora largue a espada e se renda a mim, ou seu amigo morre.”
Eu engoli. Um dos gigantes tinha sua mão ao redor do pescoço de
Beckendorf. Eu não tinha como resgata-lo, e mesmo se eu tentasse, ele morreria
entes que eu pudesse chegar lá. Ambos morreríamos.
Beckendorf falou sem som algum uma palavra: Vá.
Eu balancei minha cabeça. Não podia abandoná-lo.
O segundo gigante ainda estava mexendo nas latas de pêssego, o que
significava que o braço esquerdo de Beckendorf estava livre. Ele o levantou devagar
– em direção ao relógio em seu pulso direito.
Eu queria gritar, NÃO!
Então perto da piscina uma dracaenae sibilou, “O que ele esssstá fazzzzendo?
O que é issssso no pulssssssso dele?”
Beckendorf fechou os olhos e levou sua mão em direção a seu relógio.
Eu não tinha escolha. Eu joguei minha espada como uma lança em direção a
Kronos. Ela bateu sem machucá-lo em seu pulso, mas o assustou. Eu me espremi
por uma multidão de monstros e pulei pela borda do navio – em direção a água trinta
metros abaixo.
Eu ouvi barulho no navio. Monstros gritavam comigo lá de cima. Uma lança
passou perto do meu ouvido. Uma flecha penetrou minha coxa, mas eu não tive
tempo de registrar a dor. Eu mergulhei no mar e ordenei as correntes que me
levassem para longe, muito longe – cem jardas, duzentas jardas.
Mesmo daquela distância, a explosão sacudiu o mundo. O calor ressecou a
parte de trás da minha cabeça. O Princesa Andrômeda explodiu em seus dois lados,
uma bola de fogo verde massiva turvando o céu negro, consumindo tudo.
Beckendorf, eu pensei.
Depois eu apaguei e afundei como uma âncora em direção ao fundo do mar.

4 comentários:

Unknown disse...

Perfeito continue postando *.*

_Yrisc disse...

Amooooo

Unknown disse...

Adeus Backendorf

Anônimo disse...

Sim, o verdadeiro herói. Já começa como!!

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